SANT’ ANA MÃE DA MÃE DE DEUS
A devoção a Sant’Ana começou em Barra do Piraí, ainda no Século XIX com a chegada da imagem, presente do Barão do Rio Bonito a sua esposa, dona Angélica, mas já vinha de longa data tanto no Oriente quanto no Ocidente.
Alguns relatos nos vêm do Evangelho Apócrifo de Tiago. De acordo com este relato, Ana e Joaquim foram os pais Virgem Maria, Mãe de Jesus. Eram estes pais, descendentes dos reis e tinham um grande desejo de serem pais, o que aconteceu a eles quando já estavam com idade avançada. Segundo o autor dos bens que possuíam, dividiam em três partes iguais: uma ao Templo, a segunda reservavam para o próprio sustento e a terceira para o socorro aos pobres. Viviam do trabalho e esperavam cheios de confiança o Messias prometido. Quanto as devoções e pedidos de intercessão à Senhora Sant’Ana, além de proteção para as famílias, o mais comuns são os pedidos para gerar filhos. Muitos casais e especialmente as mulheres veem à Catedral suplicar para serem mães e depois voltam para agradecer.
Na Ladainha de Sant’Ana, cantada durante a festa da poadroeira, encontramos algumas fontes de devoção, como: protetora da família, invoca Joaquim, esposo, José genro, Maria, filha e Jesus, o neto.
A Ladainha também ressalta a fidelidade de Ana à Lei e os Profetas, fiel a primeira Aliança. Da Europa e do Oriente vem também devoção a Sant’Ana como protetora nas viagens e também refúgio dos surdos e mudos e consolo dos viúvos. Recentemente ficamos sabendo que Sant’Ana é protetora das águas. A piedade popular diz que onde ela pisava surgia uma fonte, uma nascente. Esta devoção à Sant’Ana das águas nos leva ao compromisso com a proteção das águas e de toda a natureza.
Concluindo vemos que a família é realidade importante e fundamental na vida do ser humano, portanto, valorizemos a presença dos avós na vida da família e principalmente para os netos. São eles que representam a tradição, o passado a história da família. A vida não começa com as novas gerações. Cada ser que vem ao mundo tem marcas e traços de gerações que antecederam.
Liturgicamente versículos do Livro do Eclesiástico são aplicados a Sant’Ana e São Joaquim: “Vamos fazer o elogio aos homens famosos, nossos antepassados através das gerações” (...) Assim também exaltemos, nesta festa, os nossos avós.
Nestes dias de julho, que Sant’Ana e São Joaquim com sua bendita filha Maria, intercedam por nossa Diocese.
Equipe de Liturgia da Catedral de Sant’Ana.